Teses & Súmulas sobre Violação de Correspondência
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ResumoA violação de correspondência é um crime previsto no Código Penal Brasileiro, no artigo 151, que consiste em devassar, indevidamente, o conteúdo de correspondências, telegramas, mensagens eletrônicas ou qualquer outro tipo de comunicação privada, sem autorização do emissor ou do destinatário. O objetivo desse crime é proteger a privacidade e a intimidade das pessoas, garantindo o sigilo das comunicações. A violação de correspondência pode ocorrer de diversas formas, como, por exemplo, abrir uma carta endereçada a outra pessoa, interceptar e-mails ou mensagens de aplicativos de comunicação, grampear linhas telefônicas, entre outras ações. A pena prevista para esse crime é de detenção de um a seis meses ou multa, sendo que, se o agente comete o crime com abuso de função em serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou telefônico, a pena é aumentada de metade. É importante ressaltar que a violação de correspondência só é considerada crime quando ocorre sem autorização judicial. Em casos específicos, como investigações criminais, a Justiça pode autorizar a interceptação de comunicações, desde que respeitados os requisitos legais e os princípios constitucionais. |
Violação de Correspondência
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RE 1116949TEMA: 1041 - Admissibilidade, no âmbito do processo penal, de prova obtida por meio de abertura de encomenda postada nos Correios, ante a inviolabilidade do sigilo das correspondências. (1) Sem autorização judicial ou fora das hipóteses legais, é ilícita a prova obtida mediante abertura de carta, telegrama, pacote ou meio análogo, salvo se ocorrida em estabelecimento penitenciário, quando houver fundados indícios da prática de atividades ilícitas; (2) Em relação a abertura de encomenda postada nos Correios, a prova obtida somente será lícita quando houver fundados indícios da prática de atividade ilícita, formalizando-se as providências adotadas para fins de controle administrativo ou judicial. MARCO AURÉLIO, aprovada em 21/08/2020. |
RE 870947TEMA: 810 - Validade da correção monetária e dos juros moratórios incidentes sobre as condenações impostas à Fazenda Pública, conforme previstos no art. 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009. 1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09; e 2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina. LUIZ FUX, aprovada em 20/09/2017. |
RE 924456TEMA: 754 - Eficácia temporal do art. 6º-A da Emenda Constitucional 41/2003, incluído pela Emenda Constitucional 70/2012, que reestabeleceu a integralidade e a paridade de proventos para os servidores públicos aposentados por invalidez permanente decorrente de doença grave. Os efeitos financeiros das revisões de aposentadoria concedidas com base no art. 6º-A da Emenda Constitucional nº 41/2003, introduzido pela Emenda Constitucional nº 70/2012, somente se produzirão a partir da data de sua promulgação (30.3.2012). DIAS TOFFOLI, aprovada em 05/04/2017. |
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